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O futebol nos Jogos Olímpicos 2024

Descubra tudo o que precisa de saber sobre o futebol nos jogos olímpicos: datas, estádios e seleções. Leia agora o nosso artigo completo!

2024 é um ano especial para os amantes de futebol. Para além de podermos acompanhar a carreira da Seleção Nacional no Campeonato da Europa que se realiza na Alemanha entre 14 de junho e 14 de julho, 2024 é também ano de Jogos Olímpicos e, claro, do seu torneio de futebol.
 

Apesar de o atletismo ser a modalidade-bandeira dos Jogos Olímpicos, o torneio de futebol olímpico é sempre um momento alto da competição e, não raras vezes, oferece aos fãs da redondinha momentos que perduram para sempre nas suas memórias e até na história do futebol mundial.
 

Paris 1900: o futebol chega aos Jogos Olímpicos


O futebol entra no rol de modalidades olímpicas logo na segunda edição dos Jogos. Com o jogo a cimentar-se no continente europeu e sul-americano, o Comité Olímpico Internacional (COI) decide incluir a modalidade nos Jogos, mas fá-lo de uma forma sui generis: através de clubes.
 

Sim, leu bem, a primeira aparição do futebol nos Jogos Olímpicos é disputada por clubes que, uma vez escolhidos pelo seu comité olímpico nacional, vão representar os seus países em Paris, sede dos Jogos Olímpicos de 1900.
 

Das cinco equipas previstas, apenas acabaram por comparecer três: a França, representada pela equipa do Club Français, a Bélgica, representada por uma seleção universitária de Bruxelas e o Reino Unido, seleção representada pelo Upton Park FC.
 

As curiosidades não se ficam por aqui, já que apenas foram disputados dois jogos, todos eles envolvendo a equipa francesa e que terminaram com uma vitória por 6-2 frente aos belgas e uma derrota por 4-0 frente ao Upton Park FC, que acabaria por entregar o ouro aos ingleses.
 

Este formato em que clubes tomavam as dores das seleções nacionais continuaria na edição seguinte e só em 1908, em Londres, as verdadeiras seleções nacionais tomariam o seu lugar no torneio olímpico de futebol com uma mais que esperada vitória do Reino Unido.
 

Tudo sobre o futebol nos Jogos Olímpicos 2024


Entre 1900 e 2024 muita coisa mudou no torneio olímpico de futebol.
 

Depois de, como vimos, uma primeira abordagem muito primitiva, o torneio olímpico de futebol passou por várias fases de importância no calendário futebolístico mundial.
 

De principal competição mundial de seleções até à II Guerra Mundial, a uma competição importante, mas periférica, no quadro competitivo atual, o torneio olímpico continua a ser, apesar de tudo, um palco de sonhos ou não estivessem em disputa as muito ambicionadas medalhas que elevam qualquer desportista ao estatuto de herói.
 

Sem Portugal na ementa, o que se pode esperar do futebol nos jogos olímpicos de Paris 2024? É o que vamos descobrir:
 

Datas e Estádios


O torneio olímpico de futebol 2024 começa no dia 24 de julho e vai decorrer até 10 de agosto, dia em que o Parque dos Príncipes irá acolher a final do torneio feminino, palco que, no dia anterior, acolherá a final masculina.
 

Para além do Parque dos Príncipes, o torneio olímpico de futebol (masculino e feminino) passará por Marselha (Vélodrome), Lyon, Nantes, Bordéus, Saint-Étienne e Nice.
 

Seleções e grupos


Desde 1996, o torneio olímpico de futebol é aberto também a seleções femininas, o que redobra os motivos de interesse nesta competição, especialmente porque o torneio feminino tem uma maior importância no quadro competitivo mundial feminino e não está limitado a jogadores sub-23 (com a possibilidade de inscrição de três jogadores com idade superior) ao contrário do que acontece com o seu congénere masculino.
 

Assim, em 2024, teremos as seguintes 16 seleções no torneio masculino:
 

CONCACAF: EUA e República Dominicana;

OFC: Nova Zelândia;

AFC: Japão, Uzbequistão e Iraque;

UEFA: França, Espanha, Israel e Ucrânia;

CAF: Marrocos, Egipto e Mali;

CONMEBOL: Paraguai e Argentina

Vencedor do play-off AFC-CAF: Indonésia ou Guiné-Conacri.
 

Estas seleções estarão divididas em 4 grupos de quatro equipas. As duas primeiras de cada grupo qualificam-se para os quartos de final.
 

Grupo A: França, EUA, Nova Zelândia e Indonésia ou Guiné-Conacri

Grupo B: Argentina, Marrocos, Iraque e Ucrânia

Grupo C: Uzbequistão, Espanha, Egipto e República Dominicana

Grupo D: Japão, Paraguai, Mali e Israel
 

Como se pode perceber, o Brasil, atual campeão olímpico, não conseguiu a qualificação para o torneio olímpico.
 

Já no torneio feminino, reduzido a 12 seleções, teremos:
 

CONCACAF: EUA e Canadá;

OFC: Nova Zelândia;

AFC: Japão e Austrália;

UEFA: França, Espanha e Alemanha;

CAF: Nigéria e Zâmbia;

CONMEBOL: Brasil e Colômbia.
 

Devido ao número de seleções, só existirão 3 grupos de quatro equipas. As duas primeiras classificadas de cada grupo mais as duas melhores terceiras classificadas qualificam-se para os quartos de final.
 

De relembrar que o Canadá é a atual campeã olímpica depois de uma vitória sobre a Suécia na final do torneio olímpico de Tóquio.
 

• Curiosidades sobre o futebol nos jogos olímpicos


- Entre 1908 e 1980, as seleções participantes apenas podiam apresentar jogadores amadores. Em 1984, as seleções já podiam apresentar jogadores profissionais, com exceção das equipas provenientes da UEFA e da CONMEBOL.
 

Em 1988, nova mudança nas regras, desta feita para apenas aceitar a inscrição de jogadores que nunca tivessem atuado num Campeonato do Mundo FIFA. Quatro anos volvidos, mais uma alteração, desta feita para só permitir às seleções a inscrição de jogadores sub-23, mudança que foi limada em 1996 para que as seleções possam incluir três jogadores acima de 23 anos.
 

Já o torneio feminino está fora destas regras e as seleções podem apresentar as suas melhores jogadoras;
 

- Ao contrário do que acontece na vertente feminina, onde os EUA são os maiores dominadores em termos de torneios olímpicos e mundiais FIFA (4 vitórias em cada uma destas competições), no torneio masculino o Brasil, país com maior número de vitórias em mundiais FIFA (cinco) ocupa apenas a terceira posição do ranking com duas medalhas de ouro contra três de Hungria e Reino Unido;
 

- 17 jogadores, entre eles Messi e Di Maria, juntaram o título de campeão mundial FIFA à medalha de ouro olímpica;
 

- Sophus Nielsen da Dinamarca em 1908 e 1912 e Antal Dunai da Hungria em 1964 são os melhores marcadores de sempre no torneio olímpico masculino com 13 golos, feito que, no caso do húngaro, é ainda mais expressivo já que foi atingido numa única edição.
 

Já no caso do torneiro feminino, a brasileira Cristiane é a líder incontestada com 14 golos;
 

- A maior goleada da história dos torneios olímpicos de futebol, masculinos ou femininos, pertença à Dinamarca que, em 1908, goleou a França por 17-1.
 

A Seleção Nacional nos Jogos Olímpicos: sempre às portas do sonho


Foi preciso esperar 28 anos para que Portugal se fizesse representar num torneio de futebol nos Jogos Olímpicos. A estreia aconteceu em Amesterdão 1928 e é hoje, quase um século depois, um marco incontornável na história do futebol português.
 

Com o incontornável e polémico (foi agente da PIDE) António Roquete na baliza e o resistente Mestre Cândido de Oliveira no banco, a seleção portuguesa iniciou a sua primeira participação de sempre nos Jogos Olímpicos com uma vitória por 2-0 diante do Chile que a qualificou para os oitavos de final, fase onde defrontaria a Jugoslávia.
 

Em pleno Sportpark de Amesterdão, a 29 de maio de 1928, Vítor e Augusto Silva deram cor ao sonho português e ajudaram a derrotar a turma balcânica por 2-1.
 

Embalada por duas vitórias consecutivas na sua primeira participação numa grande competição internacional (de relembrar que estamos na era pré-mundiais em que os JO podiam ser equiparados a um Campeonato do Mundo), ninguém duvidava que o jogo seguinte frente ao desconhecido Egito seria um passeio no relvado do Estádio Olímpico de Amsterdão.
 

Bom, o Egito duvidou e Mokhtar aos 15 minutos de jogo e Riad aos 48 minutos enviaram os bravos portugueses para casa sem a tão ansiada medalha que já alimentava os sonhos da nação.
 

Apesar do crescimento do futebol português e das suas múltiplas vitórias internacionais, só em Atlanta 1996 as cores nacionais regressariam ao palco olímpico, desta feita sob a batuta de Nelo Vingada.
 

Depois de vencer a Tunísia por 2-0 no primeiro jogo da campanha e de empatar a uma bola com a poderosa Argentina de Ariel Ortega, Crespo e Simeone, Portugal selou a sua qualificação para os quartos de final com um novo empate 1-1 contra os EUA.
 

Numa tarde de fornalha, Portugal entra em campo para um longo embate contra a França que só seria decidido aos 105 minutos de jogo, quando Calado marca o penálti que envia a seleção para as meias finais onde, desta feita, a Argentina nos retiraria o sonho do ouro por duas bolas sem resposta.
 

Na última esperança de medalha, Nuno Gomes, Afonso Martins e Paulo Alves foram impotentes para travar o Brasil que, depois de um jogo épico contra a Nigéria, foi relegado para o jogo pela medalha de bronze e nos impôs uma derrota pesada por 5-0.
 

Na sua terceira participação, Atenas 2004, nem um jovem Cristiano Ronaldo valeu às cores nacionais que, num grupo com Iraque, Costa Rica e Marrocos, registou apenas uma vitória por 2-1 frente a Marrocos.
 

E chegamos a 2016, Rio de Janeiro, palco da última presença da Seleção Nacional num torneio olímpico de futebol.
 

Depois de vitórias por 2-0 frente à Argentina e por 2-1 frente às Honduras, a Seleção, onde pontuavam nomes como Gonçalo Paciência e Bruno Fernandes, acaba a fase de grupos em primeiro lugar, depois de um empate frente à Argélia.
 

Apesar da quase irrepreensível campanha na fase de grupos, Portugal acabaria por ser derrubada pela Alemanha nos quartos de final por 4-0.
 

Nos Jogos Olímpicos de 2024 em Paris, o sonho de uma medalha olímpica terá de ser adiado novamente, uma vez que a seleção portuguesa não conseguiu a qualificação em virtude da derrota frente à Inglaterra nos quartos de final do Euro 2023 em Sub-21.
 

Curiosidade: Gonçalo Paciência em 2016 e Vítor Silva em 1928, autor do primeiro golo de sempre de Portugal em Jogos Olímpicos, são os melhores marcadores da Seleção Nacional em torneios olímpicos com três golos apontados.