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Conheça os principais estádios em Portugal

Descobre os estádios mais icónicos de Portugal, as suas histórias e momentos inesquecíveis. Explora agora os templos do futebol português! Lê o artigo

Apesar de ser nas quatro linhas de um relvado que se joga o destino das equipas, é nas bancadas que a emoção e a tragédia se abraçam no corpo do adepto.
 

O estádio é, assim, um verdadeiro teatro grego onde se representam as maiores tragédias e, às vezes, também, as mais irónicas comédias que o futebol nos pode dar.
 

É fácil puxarmos o filme atrás e recordarmos com nostalgia, aquele Portugal vs República da Irlanda de um chuvoso dia de novembro de 1995 onde a equipa de todos nós se reconciliou com a História e se qualificou com um estrondoso 3-0 para a primeira grande competição de seleções depois do Mundial de 86.
 

Nesse dia, nas bancadas do Estádio da Luz, mais de 71 mil espectadores vestidos de vermelho e verde apoiaram, sofreram e acabaram por festejar, sob a forma de lágrimas e sorrisos de alegria, quando o apito do árbitro mandou a nossa seleção para o Campeonato da Europa de 1996.
 

Felizmente, os estádios em Portugal são pródigos em histórias como esta, histórias que, a partir de agora, vamos procurar desvendar.

Os principais estádios em Portugal e as histórias que os transformaram em templos do futebol

Do Largo da Achada na Camacha, Madeira, lugar onde, em 1875, se terá disputado o primeiro jogo de futebol em Portugal até aos cómodos e tecnológicos estádios do séc. XXI, a História é pródiga em episódios que ajudaram a forjar a paixão dos adeptos portugueses pelo jogo da bola redonda.
 

Neste capítulo, é inevitável falarmos do Estádio da Luz, de Alvalade, Dragão/Antas, mas se há lugar onde a ideia de templo do futebol ganhou força foi no monumental Estádio Nacional.

O Estádio Nacional: casa do futebol português

Depois de muitas discussões, a necessidade de dotar Portugal de um estádio de categoria mundial (para a época) levou à construção e inauguração, a 10 de junho de 1944, do Estádio Nacional.
 

Para embelezar a festa, Sporting e Benfica foram convidados a disputar um jogo que valia não uma, mas duas taças. Sim, leste bem, duas taças: a Taça Império patrocinada pela FPF e que se pode considerar um primeiro protótipo daquela que viria a ser a Supertaça Cândido de Oliveira e a Taça Estádio, “caneco” oferecido pela ditadura de Salazar para comemorar a ocasião.
 

O jogo terminaria em 3-2 para o Sporting, mas a história do Jamor só estava a começar.
 

Três anos mais tarde, acontece o pior desaire da história das cores nacionais quando, a 15 de maio de 1947, Portugal sofre uma derrota por 10-0 contra a Inglaterra e fica, então, imortalizada a lacónica frase: “aquilo não fora um desafio, tinham sido… dez a fio”.
 

Enquanto casa oficial da seleção, este estádio viu tardes e noites de glória, mas é enquanto palco da prova rainha do futebol português que o Estádio Nacional ganhou um lugar especial no coração de todos os adeptos que, anualmente, sonham ver a sua equipa chegar à final desta competição para fazerem a chamada festa da Taça nas matas e bancadas do Jamor.
 

Além dos portugueses, quem também nutre um grande amor pelo Jamor são os escoceses, nomeadamente os do Celtic de Glasgow, já que foi no Estádio Nacional que celebraram a conquista da única Taça dos Clubes Campeões Europeus da sua história na final de 1967 frente ao Inter de Milão.

Estádio da Luz: onde os sonhos se concretizam

Das conquistas do Benfica de Eusébio e Coluna às visitas afortunadas da seleção, o Estádio da Luz (o antigo e o novo) pode ser cunhado como o palco onde os sonhos se concretizam.
 

Inaugurado a 1 de dezembro de 1954, o antigo Estádio da Luz com uma capacidade que chegou a atingir os 120 mil espectadores (oficialmente), viu a equipa das Quinas escrever capítulos dourados na sua História, como é o caso da qualificação para o Euro 84 quando o génio de Chalana “cavou” um penálti frente à União Soviética para ganharmos o jogo e, no verão seguinte, arrebatarmos a Europa do Futebol em França ou quando uma grande chapelada de Rui Costa abriu-nos as portas da qualificação para o Euro 96.
 

Já no novo Estádio, depois de uma estreia pouco auspiciosa frente à Grécia na final do Euro 2004, a seleção nacional acabou por selar várias qualificações para Europeus e Mundiais na Catedral fazendo deste um palco por excelência para as campanhas vitoriosas de Portugal nas grandes competições internacionais.
 

Em termos de competições de clubes, uma nota de destaque para as duas finais da Liga dos Campeões que o estádio acolheu em 2014 e 2020 e que consagrou, respetivamente, o Real Madrid e o Bayern de Munique como as melhores equipas do Velho Continente.

Estádio de Alvalade: ninho de campeões

Tal como aconteceu com o Estádio da Luz, o Estádio de Alvalade tem duas vidas, uma até 2003 e uma outra a partir do Euro 2004.
 

Inaugurado a 10 de junho de 1956, o antigo Estádio de Alvalade ficará para sempre imortalizado por ter sido o primeiro estádio em Portugal a acolher um jogo televisionado. A efeméride aconteceu no dia 9 de fevereiro de 1958 quando o Sporting recebeu e venceu o Áustria de Viena por 4 – 0 numa partida amigável.
 

Depois de muitos títulos, jogos da seleção e concertos memoráveis, o velho Alvalade veio abaixo e foi substituído por aquele que viria a ser o primeiro estádio 5 estrelas da UEFA em Portugal: o Estádio José Alvalade.
 

De recordar os recitais de Ronaldo e Maniche com a camisola da seleção frente a Espanha e Holanda no Euro 2004 e as fabulosas goleadas por 7-1 e 4-0 frente a, respetivamente, Rússia e Bélgica.

Estádio das Antas/Dragão: a caia forte do futebol português

Depois de andar a saltar de casa em casa durante os primeiros 50 anos de vida, o FC Porto estabeleceu-se no Estádio das Antas em 1952 e o que se seguiu foram duas décadas de luta até, finalmente, voltar a ser campeão nacional em 1978.
 

Daí em diante, as Antas passaram a ser uma caixa-forte de onde poucas equipas saíram ilesas. Além de títulos nacionais, este estádio foi ainda palco da festa do FC Porto campeão europeu em 1987, da vitória na Supertaça Europeia e na Taça Intercontinental 1988.
 

A relação com a seleção nacional foi tranquila e recheada de vitórias, como a categórica vitória sobre o Brasil por 2-1 em 2003, mas foi com o novo Estádio do Dragão que tudo se tornou mais intenso.
 

Ainda que a seleção nacional tenha aí perdido o jogo de abertura do Euro 2004 contra a Grécia, o Dragão rugiu mais alto com as qualificações para o Euro 2024 e, sobretudo, com a conquista da primeira Liga das Nações da História com uma vitória por 1-0 frente aos Países Baixos em 2019.
 

O Estádio do Dragão tem sido também palco de momentos históricos no futebol feminino. A 23 de fevereiro de 2024, registou-se um novo recorde nacional de assistência em jogos da modalidade, com 40.189 espectadores a assistirem ao Portugal-Chéquia. O número superou o anterior máximo de 31.093, também no Dragão, no jogo de apresentação da equipa feminina do FC Porto, a 1 de setembro de 2024.

Top 10 dos estádios com maior capacidade em Portugal

É com grata memória que todos recordamos aquele final de tarde do dia 30 de junho de 1991, momento em que Portugal batia o Brasil na final do Campeonato do Mundo de sub-20 e se sagrava bicampeão mundial perante, rezam as crónicas, mais de 120 mil pessoas presentes no antigo Estádio da Luz.
 

Atualmente, a capacidade dos estádios portugueses baixou, mas verificou-se um aumento considerável do conforto oferecido aos adeptos.
 

Sem assistências superiores a 70 mil espectadores, o top 10 de capacidade dos estádios em Portugal é constituído por:
 

Estádio da Luz: 65 592 mil espectadores;
 

Estádio José Alvalade: 50 095 mil espectadores;

 

Estádio do Dragão: 50 033 mil espectadores;
 

Estádio Nacional: 37 593 mil espectadores;
 

Estádio Municipal de Aveiro: 32 830 mil espectadores;
 

Estádio Algarve: 30 305 mil espectadores;
 

Estádio Municipal de Braga: 30 286 espectadores;
 

Estádio D. Afonso Henriques: 30 029 mil espectadores;
 

Estádio Cidade de Coimbra: 29 622 mil espectadores;
 

10º Estádio do Bessa séc. XXI: 28 263 mil espectadores.
 

Uma nota de destaque, ainda, para o velhinho Estádio 1º de Maio em Braga com capacidade para 28 mil espectadores, para o novo Estádio Magalhães Pessoa em Leiria com 23 888 mil espectadores e para o icónico Estádio Alfredo da Silva no Lavradio-Barreiro com 21 498 mil espectadores.

Um futuro Mundial!

Com o Estádio Nacional prestes a entrar em obras de beneficiação que o verão dotar-se de equipamentos e tecnologias “state of the art”, a vida dos principais estádios portugueses vai sofrer uma reviravolta, no mínimo, mundial.
 

Luz, Alvalade e Dragão, serão as três sedes portugueses do Mundial 2030 que Portugal organizará em conjunto com Espanha e Marrocos e, nesse sentido, também vão sofrer obras de atualização de modo a receber os adeptos de todo o mundo que, nesse verão, trarão ao nosso país as suas esperanças em verem as suas seleções fazerem um brilharete.
 

Será, igualmente, nestes três estádios que milhares de cachecóis, bandeiras e equipamentos da seleção nacional vão receber os campeões que vestem a camisola das quinas na sua caminhada em direção ao ansiado, título mundial.